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IM recebe primeiro debate entre chapas que disputam ADUR

Aconteceu na última terça-feira, no Instituto Multidisciplinar da UFRRJ, em Nova Iguaçu, o primeiro debate entre as chapas que concorrem à Diretoria da ADUR. A atividade foi mediada pela Comissão Eleitoral e contou com perguntas pré-elaboradas pela comissão, questionamentos do público presente, além das perguntas que as chapas puderam fazer aos concorrentes.

Após a apresentação das principais propostas e dos integrantes, na qual ambos os grupos enalteceram a disputa entre duas chapas, foram sorteadas as perguntas e qual grupo responderia primeiro. Cada chapa teve três minutos. Faremos, a seguir, um resumo de cada resposta.

 


Pergunta: Em termos de benefícios e serviços básicos para os filiados, o que a chapa, se eleita, pretende oferecer?

Chapa 2 – Em Frente na Luta: O grupo destacou a mudança de assessoria jurídica feita pela atual gestão, uma demanda antiga dentro da ADUR, e prometeu mantê-la e aprimorá-la. No mesmo sentido, se comprometeu a responder à demanda da Comissão de Saúde de oferecer uma assessoria técnica para orientar a comissão em negociações com a Unimed sobre o plano de saúde. Também prometeram levar adiante o projeto da atual gestão de uma representação física em Nova Iguaçu. Lembraram, ainda, das carteirinhas dos filiados, também projeto da atual gestão, que oferece descontos em alguns estabelecimentos, prometendo ampliar os serviços conveniados e a buscar espaços também em Nova Iguaçu.

Chapa 1 – ADUR Autônoma e Representativa: A resposta do grupo foi no sentido de manter os serviços já prestados, como o plano de saúde; a reforma do quiosque; a continuidade e o melhoramento do atendimento jurídico. O grupo também demonstrou ser fundamental ampliar os serviços para Nova Iguaçu e para Três Rios, apesar de admitir não saber, ainda, como fazer isto. Uma possibilidade citada pela chapa seriam assembleias por videoconferência. Foi citado, ainda, a participação em conselhos da universidade como forma de trazer benefícios e serviços, “no mínimo, em nível de informação”, declarou Denise. Foi citado, ainda, a utilização da página da ADUR para notícias relacionadas à educação e ao movimento docente.

 

Pergunta: A chapa, se eleita, pretende continuar dialogando com o ANDES/sindicato nacional e com outros sindicatos da categoria? Como?

Chapa 1: A Chapa destacou que a ADUR é uma parte do Sindicato Nacional e que sempre teve protagonismo dentro do ANDES, ajudando a construir o Sindicato. Disse que manterá o diálogo com o ANDES, com a Central Sindical CSP-Conlutas, e também com outros sindicatos, já que o momento político do país é difícil.

Chapa 2: Pretendem manter o diálogo com os demais sindicatos e participar efetivamente do ANDES. Destacou que, pela primeira vez na história, a ADUR tem duas cadeiras na secretaria executiva estadual da CSP. Apontou o diálogo com outros sindicatos, como o Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e também o SEPE de Seropédica e de Nova Iguaçu. Por último, a chapa prometeu, caso eleita, organizar o II Encontro de Educação da Baixada.

 

Pergunta: Como será a relação da ADUR, no caso da sua chapa for eleita, com as outras categorias da Universidade?

Chapa 2: A chapa prometeu manter o diálogo e integrar cada vez mais os trabalhadores terceirizados. Declarou que a ADUR ajudou a inclusão do grupo de oposição ao sindicato dos terceirizados. Destacou a importância da atuação conjunta entre as categorias, SINTUR e DCE, nas pautas internas, mas também das questões locais, estaduais e nacionais. Exemplificaram o diálogo com as empréstimos de transportes e de cadeiras do SINTUR, utilização do espaço, pagamento de ônibus para caravanas.

Chapa 1: A professora Célia Otranto declarou que a resposta para esta pergunta foi sua tese de doutorado. Ela explicou que sua hipótese era de que a autonomia da universidade não era dada por nenhuma lei e que só se concretizava com a construção coletiva e integrada de estudantes, professores e funcionários. Ela disse que pesquisou isto dentro dos 100 anos de história da Rural e conseguiu comprovar, com sua pesquisa, que quando professores, funcionários e estudantes se juntaram para resolver os problemas da instituição, a autonomia da universidade se ampliou e os problemas foram resolvidos. E utilizou como exemplo a eleição paritária para a reitoria, contrariando a LDB, que prevê 70% dos votos em eleições de diretores cabe aos docentes e apenas 30% cabe a estudantes e funcionários.

 

Pergunta: Considerando a atual conjuntura política nacional de retirada de direitos da classe trabalhadora em geral, possibilidades de parcerias público-privadas, inclusive através da instituição de pagamento de mensalidade e de contratação de OSs nas Universidades Públicas, se sua chapa for eleita, como será a posição/atuação da ADUR?

Chapa 1: A chapa declarou que sua principal bandeira é defesa do ensino público e de qualidade, e que acredita, independente de chapas, esta é a grande luta da universidade e dos professores. Na leitura do grupo, a intervenção privada é uma realidade, as universidades são sempre alvo fácil, “mas sem educação não nação, não há pensamento, não há futuro”. Acreditam que as Parcerias Público Privadas são uma forma de privatização interna, assim como as OSs não organizações são públicas.

Chapa 2: A chapa 2 sintetizou a resposta em “cobrança de mensalidade jamais, em nenhum nível”. Explicou que a chapa é contra OSs, PPP e terceirização. Mas contextualizou que há muita pressão sobre a administração das universidades públicas e que diante da retirada de recursos, a alternativa oferecida pelo Governo Federal é o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação. Marcelo Herbst explicou que o marco, que é lei e está em vigor, possibilita, legalmente, que professores tragam recursos de outras fontes e isto não está normatizado dentro da UFRRJ. Ele enfatizou que a posição do ANDES sobre a lei é infeliz, já que defende a revogação da lei e que, mesmo sendo contra o marco, a ADUR precisa participar do debate, dentro da universidade, sobre como será a normatização da lei.

 

No momento destinado a perguntas do público presente, o professor do Departamento Educação e Sociedade, do IM, Rodrigo Lamosa, parabenizou as chapas pela iniciativa de disputar o sindicato e fez duas perguntas. Na primeira, ele questionou quais são as diferenças entre as chapas, quais críticas a Chapa 1 faz à atual gestão, e como a Chapa 2 percebe essa disputa por dois grupos.

O segundo questionamento do professor foi relacionado a realidade multicampi da Rural. Como cada chapa, caso eleita, pretende atuar no IM, em Nova Iguaçu, e no Instituto Três Rios. Citou, ainda, o Estatuto da ADUR, que só permite que assembleias sejam realizadas em Seropédica.

Chapa 2: A chapa declarou que tem a intenção de construir um regimento que atenda a multicampia e, além assembleias, também promover atividades nos três campi, como debates e reuniões sobre carreira docente, sobre a conjuntura política e sobre pautas locais. Destacou a importância de ter o espaço físico em Nova Iguaçu, apontou que a atual gestão não tem, sequer, um representante do IM no Conselho de Representantes. Declararam que a construção da chapa foi feita em busca de uma representação: professor Bruno, do IM, a professora Geni, do CTUR, e que mantém diálogo aberto com Três Rios. Tem em vista a construção do sindicato pela base.

Sobre a disputa entre duas chapas, o grupo apontou um ganho de mobilização, “empurrados pela conjuntura”, entre a última eleição, na qual os prazos foram prorrogados porque foi difícil formar uma única chapa, e o momento atual, com a disputa entre dois grupos.

Entendem que as diferenças não são fundantes, e que as fazem parte do processo democrático. Apontaram que são uma chapa formada por professores, em ampla maioria oriundos de cursos novos da UFRRJ, e que isto espelha uma nova forma do professor encarar o serviço público. Já a chapa concorrente tem professores de cursos antigos, Engenharia Florestal, Zootecnia, Biologia.

Lembraram, ainda, que a primeira assembleia da atual gestão foi uma assembleia itinerante e foram criticados de maneira fraterna porque não havia instrumento regimental para legitimar uma assembleia assim. Eles levaram a demanda para o conselho de representantes para que fosse encaminhada uma reforma regimental que contemplasse a multicampia, mas a comissão não caminhou. Esperam conseguir fazer isto, caso eleitos.

 

Chapa 1: A chapa declarou que não tem como base a crítica aos colegas, e louva o fato de ter pessoas que se dispõem a trabalhar pelo o sindicato gratuitamente. Disse que as diferenças são propostas sobre questões que poderiam ter sido melhor trabalhadas. Apontou como exemplo a antiga página da ADUR, que continha o histórico da comunicação do sindicato, desde o primeiro Adur Informa, onde era possível pesquisar as ações políticas da ADUR. Disse que gostariam de resgatar. Declarou que conseguiram mudar muitas coisas, mesmo sem voto, na participação em conselhos superiores da universidade. Exemplificou com um caso em que o Conselho Universitário tentou implementar cursos sequenciais e ela, Célia, apresentou a documentação legislativa, os argumentos contrários e a pauta foi vetada.

Declararam que pretendem ampliar a representatividade nos outros campi. Que Não tiveram tempo de formar uma chapa com representatividade, mas pretendem atuar neste sentido, com a possibilidade de assembleias em videoconferência.

A professora Denise contou que participou da comissão eleitoral na consulta pública para reitoria, ocasião em que pode conhecer IM e ITR, foi muito prazeroso e foram bem recebidos. Declarou que a integração dos campi é uma preocupação real.

Sobre a instalação de uma sede, disse que conversaram sobre isso e não tem condições de avaliar neste momento de campanha eleitoral, já que são gastos grandes, que envolvem espaço, recurso, pagamento de funcionários. Declararam que independente de uma sede física, é certo que irão estar presentes nesses campi para conversar com professores e escutar sobre estas possibilidades. Já que envolve muito dinheiro, acreditam que e isso tem que ser discutido e decidido por toda a associação.

 

IM recebe debate entre chapas que disputam a ADUR

 

Na etapa em que as chapas elaboraram perguntas aos concorrentes, cada chapa teve um minuto para formular a questão, as respostas foram de três minutos e as réplicas também de três minutos.

Chapa 1 para 2: “Nós temos observado, com grande preocupação, a falta de motivação dos docentes filiados à ADUR. As assembleias estão cada vez mais esvaziadas. A última assembleia nós tivemos seis pessoas. E está havendo uma grande dificuldade de mobilização. A pergunta é: como vocês pretendem, se reeleitos, reverter esse quadro?”

Resposta da Chapa 2: Disse que o fenômenos do esvaziamento das assembleias não é um caso isolado da ADUR, do ANDES e dos sindicatos de modo geral. Lembraram que os acontecimentos políticos impactam a forma como as pessoas interagem com o sindicato. Ressaltaram que essa gestão fez as duas maiores assembleias, registradas em lista de presença, da história da ADUR, em um momento em que a Rural passava pela sua maior ocupação. Entendem que algumas pautas mobilizam e motivam mais os professores do que outras.

Entendem que a dinâmica produtivista do corpo docente, sobretudo dos mais jovens, que hoje são maioria dentro da Rural, também colabora para o esvaziamento das assembleias. Compreendem que é um problema, que sabem como enfrentar e a demonstração disso é que nesta gestão aconteceram as duas maiores assembleias da história do sindicato, registradas em ata.

Markos disse que a assembleia citada, com seis professores, foi a última da atual gestão, e que a última assembleia da gestão anterior tinha apenas ele como professor da base. Disse que dentro do Fórum do Serviço Público Federal, decidiram promover uma atividade parada (que acontecerá dia 27, no Largo da Carioca) para que não fosse necessário a presença de muitas pessoas. Uma das coisas possíveis de serem feitas, e que eles já estão terminando, é encaminhar o projeto do novo Pavilhão da ADUR, que foi todo conduzido em assembleia, que é um espaço de convivência; além de continuar as confraternizações que estão fazendo, fazer uma Hora Feliz na ADUR no IM, no CTUR.

Dan lembrou que foi nesta gestão que a ADUR conseguiu o maior número de filiados.

Réplica da Chapa 1: Lembrou que já tiveram, em alguns momentos, grandes assembleias da ADUR. Não sabe se a desta gestão bateu recorde, tiveram Gustavão lotado em momentos importantes. Reconhece que tem pautas que mobilizam mais as pessoas do que outras. Vê com preocupação as pessoas se filiarem à ADUR com o único objetivo de obter o plano de saúde. Por isso perguntou à chapa 2 se eles têm alguma proposta diferente. Sugeriu a melhora na comunicação, a reativação dos grupos de trabalho (que quando atuam efetivamente levam às assembleias o que estão discutindo), visitas aos departamentos, aos outros campi e a reativação do quiosque.

 

 

Pergunta da Chapa 2 para a Chapa 1: “De fato, um dos gargalos eternos de qualquer seção sindical, que é alvo de reclamação de qualquer base, qualquer direção, é o setor de comunicação. Porque ele é o responsável por informar os filiados, trazer os filiados para as atividades, para as assembleias. Sem comunicação a gente não se entende, não participa do que está acontecendo dentro do sindicato. Então eu gostaria de perguntar, qual é a proposta de vocês com relação à parte de comunicação da ADUR.”

Resposta da Chapa 1: Responderam que a reativação da página é uma coisa muito importante porque a página era atualizada diariamente, com informações importantes, tinha um acesso muito grande, continha todas as informações sobre educação, sobre as outras universidades, sobre o ANDES, sobre a ADUR, sobre o que a direção estava fazendo, a informação dos grupos de trabalho, o que seria discutido nos conselhos superiores da universidade. Para que os professores pudessem se mobilizar. A reativação da página, para o grupo, é fundamental porque facilitava a comunicação. Disse que há uma falha de comunicação e que, inclusive muita gente não sabia que o debate aconteceria. Declararam que a página era muito viva e tinha todo o histórico. Apostam na reativação do Boletim da ADUR, porque acreditam que ele era um meio de comunicação importante e foi deixado de lado. Citaram, ainda, ir aos departamentos e ouvir os professores, o que eles têm a dizer, quais são as demandas dos professores dos diferentes departamentos.

Réplica da Chapa 2: Markos disse que desde que assumiram a gestão, olharam com carinho para a comunicação. Declarou que os boletins da ADUR circulavam pouco porque eram enviados por correio, muitos eram extraviados e gastava-se muito dinheiro. Algo em torno de 30 mil reais por ano. Além disso o site tinha visual antiquado. Explicou que hoje em dia, independente de idade e perfil, acredita que 60% dos acessos ao site são pelo celular e o site antigo não se adaptava a tela de celular. Tiveram a preocupação de renovar o site. Declarou que serviço foi barato, algo em torno de R$ 1500 e essa quantia significava algo em torno de dois meses do que se gastava com webmaster, que não tem mais. Afirmou que economizaram uns 20 mil reais apenas por ter renovado o site, além de ter feito um site que cabe no celular.

Além disso, investiram bastante no facebook. Disse que a visibilidade da página do facebook mais do que triplicou, acredita que este é um meio de comunicação muito importante para alguns professores. Declarou que convidam os professores a participar da comunicação da ADUR, fazendo vídeos com professores da base opinando sobre determinados temas. Acreditam que incluindo a base nos meios de comunicação da ADUR, conseguem melhorar a comunicação. Um dos planos é a renovação do site.

 

O próximo debate acontecerá no dia 31 de outubro, às 17h, no SINTUR. Participe!


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